Poesia antiga

Revirando minhas coisas e papeis escritos, achei uma poesia esquecida de sua existência para mim. Não me lembro a ocasião que a escrevi, é legalzinha. Devia estar triste ou melancólico pois o nome dela diz tudo. Não está datada, portanto fica mais difícil explicá-la. Tenho mania de escrever minhas besteiras e abandoná-las depois do alívio em escrevê-las, com o blog pelo menos posso postar e de certa forma, engavetá-las para quando bater a saudades eu possa lê-las de novo. Uma vez me perguntaram se eu era poeta. Não sou sou poeta tampouco escritor, só escrevo para aliviar, às vezes o cansaço, as dores (não só físicas), a rotina e ócio. Ser poeta é estar muito além dos alívios que em escrever acarreta. Ser poeta é amar incondicionalmente e após algumas linhas repugnar sua amada. Eu sou apenas um fantoche das coisas que escrevo. Sinto e escrevo. Vivo e escrevo. Bom, lá vai a poesia.

Oração para um dia triste

O relógio que não dá trégua
O tempo que não pára
A vida que não volta
Os dias que só passam
As memórias que só calam
As nostalgias que só ferem
As palavras que só machucam
O beijo que só cala.

As saudades que amargam
Os abraços que confortam
As idas sem vindas
Os amores que partem
Os amores que voltam
As perguntas sem respostas
As dúvidas vitalícias
A dor da perda.

A fome que devora
A chuva que não cai
As esperanças perdidas
A esperança colhida
A dor da partida
O grito de revolta
A voz que emudece.

Isac José

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

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