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26 de Fevereiro de 2010...

Hoje acordei com pensamentos em você
Lembrei-me de quando pegava sua mão
E saia cambaleando pela casa
Com àquela marcha... Lenta
Segurava tua mão
Como se tua força fosse minha
E nós... Um só!

Te amo!

Passagem

Um momento por favor
Basta o silêncio que dure a eternidade
Talvez palavras pronunciadas
Como as lágrimas dos olhos
Cessem o barulho das pálpebras
Só um silêncio quieto
Que dure passagem da morte.

Simples e lindos

Um punhado de sabores
A tua boca molhando a minha
Um trilhão de cores
Que o teu olho ilumina e encandeia
Um perfume, uma rosa
Que teu corpo transpira.

Uns versos lindos
Inspirados num raio de luz
Molhados de um calor corporal
Delicados no grau de uma flor
Leve, pluma borboleta
A girar, rodopiar na gravidade.

Uns versos simples
Do despencar da flor
O levante da poeira ao tremer do chão
Do beijo apressado
Ao arrepio inofensivo da pele
Que o corpo preenche.

Versos lindos e simples
Que teus olhos me oferecem
Que tua presença me desperta
Versos de um milhão de cores
Em tons de manhã
Simples como teu beijo suave.

Pra tu Linda!

Fez bem

Fez bem a vida
Lembrar-me de um fato
De um ato repetitível
De uma sessão da tarde
De um vale a pena ver de novo?

Esquecer parecem batalhas de sete anos
Freud exlplicar-me algo
Escutar Zé sem me embaralhar
Encarar godizila sem antes me armar
Defender canudos e ainda crêr no comunismo.

Fez muito bem a vida
Tocar-me os olhos
Motrar os caminhos, distantes e distorcidos
Fez bem...
Quebrar-me os fêmus.

Fez bem a vida
Presentear-me além da dor
Um amor, uma família
Oportunidades de chorar
Agradecer e sorrir.

Batalhando

Enfrentar dragões diariamente
Fazer chover em pleno sertão
Ergue-se amiúde
Depois de anos de guerra
Após um derradeiro disparo acidental.

Parecem ser fáceis
Bastaria uma espada e um punho
Um encaixe perfeito
Uma fortaleza
E força... O bastante para o coração pulsar.

Ar nos pulmões para respirar
Ossos firmes na sustentação
Voz que rasgue cordas vocais
Olhos de águia do alto
Audição suficiente a vibração da morte.

Esse parece ser
Um ser qualquer
Vivendo onde vivo, ao lado,
Batalhando na dor e na alegria
A um desfecho total e inadiável da vida.

Pseudopatriotismo

Invadidos por um pseudopatriotismo
Apontados na direção de um gol
Parece o Apocalipse a vantagem
Quando não propicia a vitória.

Todos esquecem das enchentes
Das casas derrubadas
Dos rios que cortam vidas
Da inanição absurda nordestina.

Todos se focam numa bola
Num círculo perfeito
Que corre num campo de batalha
Se rasgam, se chutam e gladiam.

Quando perdem e se perdem
Queimam as bandeiras
Rasgam as camisas
E ainda não lembram...

Das enchentes, da inanição, das casas derrubadas.