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Você, mansa e sutil, sem jeito
Desconstrói e abala minhas raízes
Como uma estrela caída no quintal
Enfeita e ilumina, ofusca, queima e me enleia.

Deixo-a, então, repousar em meus sonhos
Modificar minha rotina
Perfumar e iluminar meu quarto escuro
Pergunto-me: por quanto tempo?

Entre o que está edificado ou o por construir
Pisar em terra firme ou nos estilhaços de vidro
Estar seguro ou me arriscar no imprevisto?
Entrego-me ou não a paixão do desconhecido?

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