Penso

Penso no dia que minhas pernas
Possam sustentar meu corpo cansado
Que as muletas, de alumínio arranhado
Virem apenas uma vaga lembrança
De um compasso já escoltado.

Penso na hora, nos minutos
Que andar não se torne um desafio
Que equilibrar-me;
Seja tão normal e simples
Quanto um respirar ofegante.

É tão fútil...
Um passo após o outro
Um pé depois do outro
Um
ação de cada vez
Uma carga para cada instante.

Penso no dia em que a dor
Que tanto o sono perturba
Possa meu corpo deixar
Eu enfim, poder, aliviado
Fazer poesia sem me incomodar.

1 comentários:

Júccia Nathielle disse...

tenha calma amigoh , jaja isso ta passando !!

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