"Quem é que vai dar tanta coisa nessa porra?"
Será o viciado que morre
No trago viciado da morte
O culpado do crime
De estar presente no tempo
No exato momento do roubo
Será a mãe e os seus seios
Que alimentam a fome
Enquanto duram o seu despejo.
Talvez, que fosse o profeta
Tanta lucidez vanguardista
O futuro projeta
No retroprojetor das retinas
Cansadas de enxergarem o mesmo
O viciado, o hipócrita, o sujo
A morte nos cantinhos da vida
Ácido sulfúrico a corroer a matéria.
Se não são os viciados
As mães, os injustiçados
Se não são os políticos ficha limpa
Se não forem os profetas loucos
Se não for o Gentileza
Ou o grande maluco beleza
De quem será de fato a responsabilidade?
Eu, você ou ninguém?
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