Aos teus pés prostrado
Em rezas rogando um pedaço de céu
Um pedaço de paz
Que de fato traga paz as retinas cansadas
De um mundo cansado.
Cansados de tanta dor
Cansados de tanta paz emudecida
Falecidos e sepultados
Numa cova rasa
Vivos e ainda temerosos.
Água rola como chuva
Água molha a terra
Água encharca os olhos de mãe
Mãos se juntam
E um rosário é debulhado com fé.
É paz silenciosa
É guerra ensurdecedora
É um medo de sair de casa
Um medo de falar a verdade
Um medo de pronunciar o culpado.
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