Mãe

Mãe eu estou de volta!
Cambaleante ainda de dores
Com a marcha lenta, limitada...
Perdoa-me preocupá-la
Com àquelas noites mal dormidas
Das lágrimas pesadas
Que molhavam teu sereno rosto.
Perdoa-me!
Lembra da minha meninice?
Quando o sopro aliviava arranhões na pele?
Sinto falta do teu soprar nas minhas mazelas.
Lembra-se?
Mãe, ainda dói... Dói!
Dói o meu peito, o meu corpo...
Os meus olhos!
Nessas horas peço colo, ombro, beijos...
Peço o teu carinho de filho ferido
Pela teimosia, pelo asfalto ainda frio, pelas palavras
Que às vezes feriam, perfuravam, magoava.
Mãe, não haveria partir sem o seu último adeus!
Não o seu!

Te amo Dona Maria!!

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