Jogam-me pedras pela falta de fé
Mas, minhas rezas continuam mudas.
Meu rosário impuro,
Meu coração surdo
E sua presença cada vez mais ausente.
Abro meu peito ao seu encontro.
Calo-me a voz para ouvir a sua
Escureço o quarto para sua luz.
É tarde e gélida a madruga
E tão fria a sua falta.
Talvez esse vazio eterno
Das canções que não são ouvidas,
E das bocas que raramente gesticulam
Sejam um duro reflexo
Do jardim morto e esquecido dentro de mim.
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