Enquanto todos dormem, eu escrevo. Não acho sincronia nas orações e adjetivos. Mas permaneço acordado, como o grilo que faz sua festa atrás da cómoda do meu quarto, assim como a muriçoca que insiste em permanecer zumbindo ao meu ouvido. O que se passa lá fora enquanto todos descansam? Crianças morrem? Policiais vigiam e sufocam pessoas? Ou não há gente acordada? Então estou só, compartinhando coisas com mim mesmo, falando comigo mesmo o quanto tenho que mudar ou o quanto tenho de deixar de cobrar demasiadamente de mim. Olho para o relógio digital que insiste em não piscar, ouso o barulho do motor da geladeira, mas não o sono chegar. Talvez eu me desespere agora ou não é chegada o momento? Eu posso esperar até às três, afinal não tenho pressa. Posso pensar e me entreter nas coisas que Freud me diz em seu livro ou posso, quem sabe, interpretar Saramago no Ensaio Sobre a Cegueira, ou simplesmente contar carneirinho.
1 carneirinho, 2 carneirinhos, 3 carneirinhos, 4 carneirinhos...
Velho, essa foi umas das piores opções. Afinal, quem foi o desocupado e que sofreu de insónia que inventou a contagem de carneirinho como forma de pegar no sono? hehe Uma dose de cachaça, por favor! Um copo de maracujina! O que resta agora, depois de tantas tentativas caprinas é só esperar.
Ôpa, um bocejo, outro... Vou dormir!
Valeu, buena noche!
Foi boa, óóóó!
Valeu Cambada!
1 carneirinho, 2 carneirinhos, 3 carneirinhos, 4 carneirinhos...
Velho, essa foi umas das piores opções. Afinal, quem foi o desocupado e que sofreu de insónia que inventou a contagem de carneirinho como forma de pegar no sono? hehe Uma dose de cachaça, por favor! Um copo de maracujina! O que resta agora, depois de tantas tentativas caprinas é só esperar.
Ôpa, um bocejo, outro... Vou dormir!
Valeu, buena noche!
Foi boa, óóóó!
Valeu Cambada!
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