Olhos abertos

O asfalto que cobre os caminhos como tapete a desdobra-se. Os carros passeiam, motos fazem barulho, bicicletas marcam os canteiros e pessoas morrem aos montes. Pessoas morrem aos montes! Rezam a mesma ladainha no Senado, acusações e nenhum culpado, e acabam no assim seja, amém! Conselho de Ética, CPI, Cassações e por fim uma pizza de frango com catupiri. Enquanto desfrutam da partilha de uma pizza saborosa a inanição mata crianças, assassina Pais, mães e irmãos. Enquanto castelos e mansões são construídos com dinheiro público, enfrenta fila o povo brasileiro com o objetivo de uma pequena morada conseguir. Enquanto banquetes são ofertados nas mesas dos políticos, sofre e labuta diariamente o trabalhador para o fim do mês o feijão, arroz e o pão não faltar. O jogo de cintura do homem de mãos calejadas, os pés cansados do trabalhador rural. Apesar do descaso, a felicidade, a esperança, a fé dessas pessoas as mantêm acordadas, pois sabem, que dia que despontará é um novo dia, um novo recomeço. No entanto, não podemos apenas fechar os olhos e fingir que não vemos. Vedar os ouvidos e disfarçar que não ouvimos.

Isso é não discurso político.

É só alerta!

Valeu Cambada!

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