Outrora já havia me questionado a respeito do breve sopro que é a vida, tendo que acomodar-me e entender o breve espaço entre nascer e morrer. Por que não nos concederam a longevidade matusalênica? E no próximo dilúvio afogaríamos todos os dias dos 969 anos de passados e futuros, assistidos pelas retinas, aí, contente eu beberia toda a água até os pulmões enchaarcarem,assim como minha carne de tantos sóis e chuvas. Será que são únicos meus questionamentos ao ponto de caracterizá-la como um delírio jovial ou repulsa ao mármore frio do cemitério? Tantos dias ainda viverei, amores e decepções, vitórias e reencontros ao acaso, encontros e despedidas. E ainda me remeto ao fato melancólico da morte! Decerto, quando a pensar, uma conclusão intuitiva ou até ingênua brota como luz no fim do túnel: talvez não tema a morte, assim como ela teme a vida, porém eu a tema pelo fato de morrer antes de amar Maria.
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
2 comentários:
Ótimo texto, mas ainda vejo essa questão de um paradigma materialista, e pensar a morte como continuação de outras vidas micróbios e permanência da matéria em sua forma viva, além de pensar também nas trocas realizadas durante a vida, onde se doa e se recebe um pouco da alma dos outros e de certa forma algo seu ainda fica pra ser trocado, numa permanencia espiritual(subjetiva) e complexa.
kkkkk
Que loco, Wendell. Massa! De fato, quando morremos ainda ficamos marcados ou presentes na vida de várias pessoas não no sentido materialista, mas como acabou de falar, numa permanência subjetiva ou espiritual.
Valeu Velho!
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