A menina e lua

A rua quase deserta e a lua solitária. Só, ela cantava só, ela vivia só, ela amava... Só, ela brincava. Onde se escondiam todas as estrelas? Talvez estivessem a descansar ou até tivessem morrido. Não importava a solidão acompanhava incondicionalmente os seus momentos. Se ria ou se chorava, se dormia ou pulava. A solidão os seus passos conhecia, se parava ou andava, se corria ou descansava. Enquanto no céu a solitária lua vivia, na terra a solitária menina brincava. Onde estavam seus amigos, seus brinquedos e suas bonecas? O batente da calçada seu refúgio, sua morada. Os carros desciam, pessoas e seus fardos passavam. E a menina era apenas... Um batente? Não se importava como o que as pessoas pensavam, apenas continuava a falar e brincar sozinha. Com os olhos fitados no céu e retinas de curiosidade, acho que pesava a menina: temos uma à outra, isso importa. Não estava só, assim como a lua. Ambas se conheciam e se amavam e se completavam, incondicionalmente.

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