O Salto do meu sobrinho

Putiz, kra! Tá tazendo um calor de derreter os miolos. Como que pode, velho? Às vezes não entendo, quando o calor está de rachar, reclamo. Quando fui a São Paulo, um frio de rachar também. Não via a hora de voltar ao meu Cariri e sentir o calor, mas isso foi quando ainda estávamos no mês de Junho e não em Setembro. Talvez eu começasse a falar sobre o aquecimento global e dessa forma tentar convencê-los de que aquele saco plástico que você joga ou aquele carro caindo aos pedaços que você insiste em andar reflecte diretamente na temperatura do mundo. Não seria um má ideia, ó. Felizmente Obaminha se elegeu a presidente: a salvação do mundo. kkk Sem gozação! Mas num vou falar sobre isso hoje não, aliás eu nuca falo nada que preste mesmo. Kra, feliz ó! Meu sobrinho deixou de escutar o CD da Xuxa e me pediu para gravar um CD do O Rappa e do Men at Work. UAU! Isso é de mais, velho! Eu sei que ele num vai compreender nada, mas pelo menos já começa na infância o contato com a boa música. Quando ele estiver um pouco maior, vou dar um livro de Karl Marx para ele começar, assim ele desenvolve o senso crítico e até pode tentar ser um revolucionário de causas pequenas. Tipo assim: deixar de chamar a professora de Tia, por que afinal ela não é da família e possa até convencer seus colegas disso. kk Calma gente, não vou transformá-lo em um ditador ou líder de facção criminosa! Padim Ciço o distancie disso!! Bate na madeira... Toc, toc, toc! Só quero que ele não se transforme em um cidadão padrão e alienado que se vê por aí. Que assistem tv e aceitam tudo que é lançado sem nenhuma objeção. Que ele se transforme em um forrozeiro de carteirinha com péssimo gosto musical. Se ele começar a escutar dou uns cascudo nele, ó! Talvez se todos os pais se preocupassem um pouco com o que seus filhos escutam e assistem, eles pudessem tornam-se pessoas capazes de evolucionar, indigna-se e irem à luta literalmente e quem sabe um país melhor para se viver.

Foi boa, ó!
Veleu Cambada!

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