A partida me comove, me dói o peito!
Despedida e partida
A partida me comove, me dói o peito!
Domingo
Como disfarçar a imensa transparência de dizer
Não só palavras, controvérsias inversas
Mas transparecer em olhares agudos
Poesias expressivas como dia a despertar.
Lembro-me do perfume que desperta
A lembrança da beleza rara
Da calma que comove e confunde sentimentos
Perdidos e mergulhados no azul
Que cobriu todo céu daquela noite.
E se pudesse desenhar em palavras
A agonia que causa o claustro em não dizê-las
Talvez a uniforme forma perfeita do ser
A desenhasse e libertasse em rabisco
O sorriso iluminado, dormido em pensamentos meus.
Isac
Valeu Cambada!
Quem é Maria?
Eu sonho com Maria algumas vezes, acredito que sem ela, não haveria combustível para mover-me. Maria mora na minha cabeça. Entristeço-me quando as coisas desandam e deixamos de pensar um no outro e nos separamos, nada que um bússola não nos norteie ao caminho certo.
Maria, minhas futuras realizações, meus sonhos de um mundo melhor de pessoas melhores.
Maria: realizações pessoais!
Só isso!
Valeu Cambada!
Cansado
De uma boca que me falasse a verdade.
Talvez de ouvidos que ouvissem
Calados e fiéis
Os lamentos e as lamurias
De um dia rotineiro.
De um dia de ócio
Sem sorteio ou consócio a felicidade.
Valeu Cambada!
Além
Além dos conceitos e concepções.
Longe dos morros e serras
Dos carros e TVs.
Além da verdade e da mentira
Do feiúme e a beleza
Do real e imaginário.
Distante dos coronéis e políticos
Corruptos e ladrões
Patrões e operários.
Além dos poetas e escritores
Acrobatas e circenses
Músicos e atores.
Além das pessoas e transeuntes
Crianças e idosos
Vividos e mal vividos
Pobres e ricos,
Amores e suas decepções.
Além de tudo isso...
Esconde-se a minha dúvida
Insónia de todos os dias.
Isac José
Sem comentários tristes e nem alegres!!
Valeu Cambaba!
O poema
Quando as palavras não dizem?
Espero um relâmpago consciente,
Uma ideia, um fato...
Tua silenciosa lembrança!
De um beijo dado às pressas
Às escuras,
Um carinho concedido.
De uma conversa a troca de olhares
Oblíquos, dissimulados ou apenas
Encantador?
Foi um beijo de despedida
Com ar de pedido de volta
De subterfúgios e convites,
Fuga a qualquer parte.
Teu lábio de flor,
Eu colheria, sem pressa, ao acordar
Ou no cair da tarde mansa.
Porém, com grande afã de
Tardes e manhãs a colhê-la
Continuamente.
Valeu Cambada!
Fluiu
Valeu Cambada!
Ciranda
Perfeito ser que gira
E a ciranda a rodar.
Foi talvez o silêncio da tarde
Agitação do meio dia
Que os teus olhos fitei.
Eram castanhos claros!
Não, eram castanhos escuros.
Vaga lembrança do giro daquela ciranda.
Isac José
Poesia básica!
Valeu Cambada!
Poesia antiga
Oração para um dia triste
O relógio que não dá trégua
O tempo que não pára
A vida que não volta
Os dias que só passam
As memórias que só calam
As nostalgias que só ferem
As palavras que só machucam
O beijo que só cala.
As saudades que amargam
Os abraços que confortam
As idas sem vindas
Os amores que partem
Os amores que voltam
As perguntas sem respostas
As dúvidas vitalícias
A dor da perda.
A fome que devora
A chuva que não cai
As esperanças perdidas
A esperança colhida
A dor da partida
O grito de revolta
A voz que emudece.
Isac José
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Versos ao arrependimento
Quando o relógio que pulsa
Nem por um minuto pôde voltar.
Ah, mil vezes já chorei...
Mas nem as lágrimas mereci.
Apenas tormento condiciona tormento
Meu descanso que pede descanso,
Meu coração que grita a verdade
Meu amor por um pouco mais de calma
Minha paz por uma pouco de alma.
Isac José
Valeu Cambada!
Enquanto o sono não chegar
1 carneirinho, 2 carneirinhos, 3 carneirinhos, 4 carneirinhos...
Velho, essa foi umas das piores opções. Afinal, quem foi o desocupado e que sofreu de insónia que inventou a contagem de carneirinho como forma de pegar no sono? hehe Uma dose de cachaça, por favor! Um copo de maracujina! O que resta agora, depois de tantas tentativas caprinas é só esperar.
Ôpa, um bocejo, outro... Vou dormir!
Valeu, buena noche!
Foi boa, óóóó!
Valeu Cambada!
Recomendo
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Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Maravilhas
Se liga!
Palavras
Seja alegria, seja mágoa, ciúme
Pena de amor, ou grito de revolta
Tudo a palavra humana em si resume
Tudo arrasta suspenso, à sua volta!
Palavras
Céu e inferno!
Cinza e lume!
Mistério que a nossa alma traz envolta!
Umas, consolação!
Outras, queixume...
- Todas correndo como o vento à solta!
Tudo as palavras dizem
A verdade, a mentira, a doçura, a crueldade...
Mas afinal, o que perturba e espanta
É o drama das que nunca foram ditas
Das palavras pequenas e infinitas
Que morreram sufocadas na garganta!
Virgínia Victorino
Massa, né? Rapaz, muito bom... Sem palavras literalmente. hehe
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Lembrança!
- Isac, você não vai vê-lo? Sim, claro!
No fundo, temia ir e perder todas as recordações de momentos felizes para aquela triste e forte lembrança. Não pude evitar. Disfarçava, desviava o olhar e o caminho da sala do santo. Castigava minha fraqueza momentânea com impulsos inconscientes: fraco, vai lá! É sua última recordação.
Eu via minha avó sentimentalmente abalada ao ponto de querer acompanhá-lo e seus netos e filhos conformados com o chamado. Chegada a hora de me despedir, eu o olhei, confesso que tinha face de alegria, de uma criança com mais de 80 anos a dormir contente. Adeus. E às quatro da tarde, de um dia comum e ensolarado, lacraram com cimento seu lugar de descanso eterno.
Foi só uma lembrança!
Futuro do pretérito (esperar)
Poria flores toda manhã.
Como prece, choraria por sua volta
Escreveria mil poemas.
Depositaria moedas na fonte dos desejos.
Faria tudo isso...
Só não abuse da minha bestialidade!
hehe Vai de novo!
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Passeata do Romeiro
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Espelho
Me virei e a olhei. A olhei...
Esse foi profundo. hehe
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Música, minha vida!
A todos os meus amigos que participam ativamente dessa construção sonora. Calim, Maricélio, Beg, Juliana, Sida, Alex, Evânio, Alisson, Juarez, Maricélio, Chico, Daniel... Obrigado meus amigos!
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Um grilo não merece misericórdia!
Foi boa, ó!
Valeu Camabada!
O poeta!
Ao meu irmão e poeta Wendell
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Maria
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Memória de uma criança godinha
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Nada!
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Se ligue!
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
O cearense o paulista e o penico
Era uma vez...
- Bom dia disse o Cearense. Bom dia, respondeu o vendedor percebendo o sotaque do cearense.
-Ô meu Deus, olha só que coisa boa. O Dr. tem "pinico" para vender aqui!
O vendedor estranhado o sotaque e a palavra que havia escutado, disse: O que?
-"Pinico", senhor!
-Não vendemos comida aqui não, a lanchonete fica mais na frente. Repondeu com ironia o vendedor.
-Oxi, vende sim! Que eu tô vendo. E apontou para o Penico cor de rosa lá no cantinho, cheio de poeira.
O vendedor com cara de besta e de gaiatice, respondeu:
-Patrão, nós paulista, chamamos aquele objeto de CEARENSE!
- Ahhh E é, Dr? Pois bem, o senhor pode me vender um Cearense daquele que possa caber uns 5 paulistas?
O vendedor paulista com cara de burra manca, só balançou a cabeça dizendo que sim! hehehe
Sabe quem era o vendedor na Galeria do Pajé? Exatamente! Era Maximiliano antes de ganhar o Big Bosta 9. Bichim! Aí com raiva dos nordestinos, especialmente dos cearenses, quando teve oportunidade falou em rede nacional para se vingar. Que comentário mais tosco, meu Padim Ciço. Eu sei que o Senhor é bondoso e vai perdoá-lo, eu sei. Ele pode até se redimir e virar romeiro. hehehe
Moral da história: vocês paulistas não subestimem nós Nordestinos. Esse Emo...róidas do Max, fez um comentário ridículo sobre os Nordestinos. Já havia comentado isso anteriormente no meu Orkut e resolvi escrever sobre isso de novo. Não que não tenha mais nada a escrever, mas é necessário pois essas coisas absurdas não devem simplesmente acontecerem e serem esquecidas sem nenhuma desaprovação, principalmente nós que somos Nordestinos. Garanto que tem centenas de pessoas espalhadas pelo Nordeste que adoram esse Bofe aí e também garanto que desconhecem do fato, pois a mídia abafa imediatamente. E é claro ainda existem as que conhecem e fingem que nada aconteceu. Se pudesse falar pessoalmente diria para ele Minizar a janela e clicar com o botão direito do mouse e procuraria a opção Me exclui ou fechar.
Seu fedorento! hehe
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Anti-Aids com Hitler
"Muita gente não tem consciência de que a Aids está matando muita gente todos os dias. Na Alemanha, é o rosto mais feio que você pode usar para mostrar o mal", declarou Weishäupl ao Telegraph.
Pois é, cambada! Ter cuidado com essas coisas, usar o saquinho sempre! hehe
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Eita independência cara!
Foi boa, ó!
Valeu Camaba!
Dias (Circunstâncias da vida)
Já musiquei sentimentos que pareciam infinitos
Controlei verdades que mereciam ser ditas
Pronuncie as que jamais deveriam.
Emudeci em orações noturnas
Aos santos perdi e pedi favores:
Perdi pessoas no jogo cruel da vida
Pedidos de voltas inocentes e impossíveis.
Quantos dias chorei, quantos dias sorri...
Quantas noites pernoitei em pensamentos
Perguntando-me por que as pessoas partem.
E comumente não voltam?
E se vida fosse escrita a lápis...
Eu poderia apagá-la e refazê-la mil vezes
Com infinitas possibilidades de dias melhores.
Se meu relógio de pulso voltasse os ponteiros
E o tempo voltasse, e as pessoas voltassem
As mães revivessem e os irmãos unidos ficassem.
As palavras que morrem sufocadas, emudecidas...
Fossem ditas e aquele velho profeta visionário
Estivesse equivocada a respeito do fim da vida.
Isac José
Site legal
http://www.misteriosantigos.com/cultural.htm
Para provar que não estou mentindo, com o texto da Dra Maria Helena, aprendi uma coisa sobre o conceito de Arte que não havia pensado dessa perspectiva: A arte é o modo pelo qual atribuimos significados ao mundo e as coisas. Muito bom, gente!
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Pensei...
Escrevo cada coisa em?
Infância, amor e amigos
Em especial gosto de lembrar de meu antigo amigo do fundamental. O kra tinha uns Kg em demasia, falando a verdade ele era um pouco mais gordinho do que eu. E aí nos chamávamos de os gordinhos. Velho, eu não gostava muito, mas não tinha jeito. Sabe como é gozação, né? Quanto mais nos importamos a perturbação é ainda maior.Uma coisa marcou aquele ano, um amor. Ela não era muito bonita (já dá pra imaginar, né?). Tinha cabelos loiros e compridos e era magrela e para rimar parecia uma vela. hehehe Eu gostava da infeliz, tanto que juntei uns dias o dinheiro do Chilito do Seu Bil e comprei uma anel fulero e coloquei numa caixinha e perfumei. Não me lembro do cheiro, mas, acho que era podre. hehehe Nunca soube de sua reação, pois não tive coragem de presenteá-la pessoalmente. Fiz a aquela cartinha com uma poesia barata e ingénua. Tá ligado qual é, né? O meu amor por você é bonito como uma flor. Quando eu lembro disso, só dá vontade de rir, kra. Depois desse acontecimento não sei como ficou. O ano acabou e eu nunca tive coragem de dizer a ela o que realmente sentia. hehehe
Eita loucura!
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
O Desafio Sebrae virou loteria
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
O Salto do meu sobrinho
Foi boa, ó!
Veleu Cambada!
Muriçocas
Quem inventou o troço da MURIÇOCA? Calango assado na brasa, velho! Tento me concentrar para escrever algo legal no blog, mas essas incovenientes e intrusas não me deixam em paz. Apesar de toda chatisse ter que conviver com essas malditas, vei na cabeça uma coisa. Tem muita muriçoca espalhada pelos despartamentos públicos brasileiros. Sugam todo o sangue e saem sem serem esmagadas. Políticos corruptos de merda! Sei lá, se pudesse compraria aquele troço que parece uma raquete de Tênis, que tocado em um objeto ou inseto, imediatamente a criatura vira churrasco, aliás torresmo. Ah! Bastava um raquetada elétrica nesses idiotas e mentirosos. O povo não sentiria falta de nenhum, afinal, são para nós apenas MURIÇOCAS que só querem um sangue "verde" fácil.
Foi boa, ó!
Valeu cambada!
Linha do tempo
.........................CALAR......................................ASSISTIR TV..........................................
...ACEITAR.....................................................................................................................
....................BAIXAR A CABEÇA....................................................................Morrer
Vamo mudar essa porra! Podemos mudar essa porra!
Vamo mudar essa porra! Mas sem você não há mudança!
Né não? Abre os zói, Brasil!
Passado e saudade
Quando apenas teu simples nome mencionar
E meus olhos molharem, talvez em pratos
Ou talvez me entristeça com o recordar do beijo de outrora.
Aí, quando as recordações se esgotarem
E deixarem de me embriagar,
Eu ligue só para sua voz de leve escutar
E que caricie meus ouvidos
E que amanse meu coração.
Isac José
Hoje me deu uma vontade grande de ligar, só pra escutar a voz, sei lá... Tentar pincelar aqueles momentos. Andei passeando no tempo, cutuquei literalemente aquele passado que queria esquecer ou que realemente tivesse ficado para trás. Ê, caramba. Não ficou depositado naquele baú que as pessoas tanto mencionam. Baú da memória? Eu tenho que construir um desses, talvez com com uma tranca enorme e cadeado de segrego em chinês. Não que eu tenha medo de lembrar o que já passou, pelo contrário, às vezes temos que voltar um pouco e pensar nos atos anteriores para não cometer os mesmos erros. E por que o cadeado em segredo chinês? Tem coisas que a gente tem que esquecer mesmo, enterrar no cemitério da memória se possivel. Neste caso eu até concordo com Belchior que disse: O passado é uma roupa que não nos serve mais.
Valeu Cambada!
Luís Fernando Veríssimo
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que NADA!
Luís Fernando Veríssimo
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!
Desabafo em silêncio
O tempo com seus sinais verdes e vermelhos
Hora seguimos outrora ficamos
Assim, as lamentações se escondem.
Acumulam-se com tic-tac do relógio.
Limitam-se na garganta fechada.
Os pensamentos explodem, relampejam,
Mas a voz emudeceu... Aprisiona-se.
Os olhos falam em lágrimas
A face em orações perdidas
As mãos em amiúde inquietações
Os lábios em abalos de pranto.
Mesmo que as palavras não sejam pronunciadas
Trocaremos olhares de desabafos
Olhares que nos decodificam
Abraços que confortam em silêncio.
Isac José
Oswaldo Montenegro
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...
Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...
Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.
Oswaldo Montenegro
Valeu Cambada!
A menina e lua
A rua quase deserta e a lua solitária. Só, ela cantava só, ela vivia só, ela amava... Só, ela brincava. Onde se escondiam todas as estrelas? Talvez estivessem a descansar ou até tivessem morrido. Não importava a solidão acompanhava incondicionalmente os seus momentos. Se ria ou se chorava, se dormia ou pulava. A solidão os seus passos conhecia, se parava ou andava, se corria ou descansava. Enquanto no céu a solitária lua vivia, na terra a solitária menina brincava. Onde estavam seus amigos, seus brinquedos e suas bonecas? O batente da calçada seu refúgio, sua morada. Os carros desciam, pessoas e seus fardos passavam. E a menina era apenas... Um batente? Não se importava como o que as pessoas pensavam, apenas continuava a falar e brincar sozinha. Com os olhos fitados no céu e retinas de curiosidade, acho que pesava a menina: temos uma à outra, isso importa. Não estava só, assim como a lua. Ambas se conheciam e se amavam e se completavam, incondicionalmente.