Despedida e partida

Hora de partir, despediu-se o pai de seu filho. Foi último beijo, o derradeiro abraço. O candeeiro aceso no canto do quarto iluminava a despedida, o choro e a promessa de volta e uma vida melhor. Aquele dia agoniado marcou definitivamente o pequeno moleque; agora o homem que cuidaria fielmente de sua mãe na ausência paterna. Se perguntando sempre porque haveria de partir, se aqui sempre foi o lugar de seu pai. Pensou nas histórias contadas por ele, dos banhos de açude, dos dias de caça aos passarinhos que vacilavam dormindo no galho da tamarina, dos dias de jogar pião até mais tarde. Isso não seria importante ou relevante o bastante para permanecer enraizado no sertão que sempre o acolheu? Foram só argumentos emudecidos na cabeça enquanto a fumaça do candeeiro escurecia a parede branca. Um barulho de carro, possivelmente a rural havia chegado para levá-lo a rodoviária. E um triste soluço do choro que não cessava invadiu o moleque, que a bênção do pai pediu ao esticar a mão tremula e frágil. A bença, meu pai!

A partida me comove, me dói o peito!

Domingo

Como evitar tamanha vontade
Como disfarçar a imensa transparência de dizer
Não só palavras, controvérsias inversas
Mas transparecer em olhares agudos
Poesias expressivas como dia a despertar.

Lembro-me do perfume que desperta
A lembrança da beleza rara
Da calma que comove e confunde sentimentos
Perdidos e mergulhados no azul
Que cobriu todo céu daquela noite.

E se pudesse desenhar em palavras
A agonia que causa o claustro em não dizê-las
Talvez a uniforme forma perfeita do ser
A desenhasse e libertasse em rabisco
O sorriso iluminado, dormido em pensamentos meus.

Isac

Ê, velho! Venho com explicações e depois poesia para lavar a alma. Louco! Encontrei esse texto vagando pelo meu computador, sozinho numa pasta sem nome. Eu achei tão bonitinha, lembro a ocasião que a escrevi. Só tenho a dizer que não é para ela. Esse domingo guardo como aquele que nunca deveria passar, mesmo assim, não é para ela. hehe

Valeu Cambada!

Quem é Maria?

Bom, fizeram-me várias vezes a pergunta sobre quem foi ou é a Maria do texto que havia escrito a dias. Talvez eu tenha inclinado a produção a um entendimento amoroso do texto. Não proponho a explicar a produção, pois, como disse meu bródi Mário Quintana:" Quando alguém pergunta a um autor o que ele quis dizer, é porque um dos dois é burro". Assim, espero que o burro não seja eu. hehe Admito me chamarem de confuso, louco, besta, mas burro num rola, ? Velho, eu nunca li Paulo Coelho ou Bruna Sufistinha. hehe Sem ofensas! Para não alongar minhas conjecturas e de certa forma insultos abertos, concluirei esse post com o significado real do texto Maria. Espero que Quintana perdoe-me, mas vou ter de responder. Lá vai, minhas amigas e meus amigos da Biblioteconomia...

Eu sonho com Maria algumas vezes, acredito que sem ela, não haveria combustível para mover-me. Maria mora na minha cabeça. Entristeço-me quando as coisas desandam e deixamos de pensar um no outro e nos separamos, nada que um bússola não nos norteie ao caminho certo.

Maria, minhas futuras realizações, meus sonhos de um mundo melhor de pessoas melhores.

Maria: realizações pessoais!

Só isso!
Valeu Cambada!

Cansado

Precisaria apenas de um sorriso,
De uma boca que me falasse a verdade.
Talvez de ouvidos que ouvissem
Calados e fiéis
Os lamentos e as lamurias
De um dia rotineiro.
De um dia de ócio
Sem sorteio ou consócio a felicidade.


Valeu Cambada!

Além

Além do bem e do mal
Além dos conceitos e concepções.
Longe dos morros e serras
Dos carros e TVs.
Além da verdade e da mentira
Do feiúme e a beleza
Do real e imaginário.
Distante dos coronéis e políticos
Corruptos e ladrões
Patrões e operários.
Além dos poetas e escritores
Acrobatas e circenses
Músicos e atores.
Além das pessoas e transeuntes
Crianças e idosos
Vividos e mal vividos
Pobres e ricos,
Amores e suas decepções.
Além de tudo isso...
Esconde-se a minha dúvida
Insónia de todos os dias.

Isac José

Sem comentários tristes e nem alegres!!

Valeu Cambaba!

O poema

O que fazer e dizer
Quando as palavras não dizem?

Espero um relâmpago consciente,
Uma ideia, um fato...
Tua silenciosa lembrança!
De um beijo dado às pressas
Às escuras,
Um carinho concedido.

De uma conversa a troca de olhares
Oblíquos, dissimulados ou apenas
Encantador?
Foi um beijo de despedida
Com ar de pedido de volta
De subterfúgios e convites,
Fuga a qualquer parte.

Teu lábio de flor,
Eu colheria, sem pressa, ao acordar
Ou no cair da tarde mansa.
Porém, com grande afã de
Tardes e manhãs a colhê-la
Continuamente.

Valeu Cambada!

Fluiu

Relógio velho, utilidade imutável! Nos serve apenas para nos nortear no tempo que insiste em nos envelhecer. Seria uma boa idéia sermos como Benjamin Button? Nasceriamos velhos e morreriamos como crianças, o inverso do tempo, porém com o mesmo fim. Na velhice, brincaríamos, mas com os limites corporais que o tempo influi, quando mais novos, caducando com uma face infantil. Que louco!

Valeu Cambada!

Ciranda

Estado de órbita, estado de giro!
Perfeito ser que gira
E a ciranda a rodar.
Foi talvez o silêncio da tarde
Agitação do meio dia
Que os teus olhos fitei.
Eram castanhos claros!
Não, eram castanhos escuros.
Vaga lembrança do giro daquela ciranda.

Isac José

Poesia básica!

Valeu Cambada!

Poesia antiga

Revirando minhas coisas e papeis escritos, achei uma poesia esquecida de sua existência para mim. Não me lembro a ocasião que a escrevi, é legalzinha. Devia estar triste ou melancólico pois o nome dela diz tudo. Não está datada, portanto fica mais difícil explicá-la. Tenho mania de escrever minhas besteiras e abandoná-las depois do alívio em escrevê-las, com o blog pelo menos posso postar e de certa forma, engavetá-las para quando bater a saudades eu possa lê-las de novo. Uma vez me perguntaram se eu era poeta. Não sou sou poeta tampouco escritor, só escrevo para aliviar, às vezes o cansaço, as dores (não só físicas), a rotina e ócio. Ser poeta é estar muito além dos alívios que em escrever acarreta. Ser poeta é amar incondicionalmente e após algumas linhas repugnar sua amada. Eu sou apenas um fantoche das coisas que escrevo. Sinto e escrevo. Vivo e escrevo. Bom, lá vai a poesia.

Oração para um dia triste

O relógio que não dá trégua
O tempo que não pára
A vida que não volta
Os dias que só passam
As memórias que só calam
As nostalgias que só ferem
As palavras que só machucam
O beijo que só cala.

As saudades que amargam
Os abraços que confortam
As idas sem vindas
Os amores que partem
Os amores que voltam
As perguntas sem respostas
As dúvidas vitalícias
A dor da perda.

A fome que devora
A chuva que não cai
As esperanças perdidas
A esperança colhida
A dor da partida
O grito de revolta
A voz que emudece.

Isac José

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Versos ao arrependimento

Quanta raiava causa-me pensar,
Quando o relógio que pulsa
Nem por um minuto pôde voltar.
Ah, mil vezes já chorei...
Mas nem as lágrimas mereci.
Apenas tormento condiciona tormento
Meu descanso que pede descanso,
Meu coração que grita a verdade
Meu amor por um pouco mais de calma
Minha paz por uma pouco de alma.

Isac José

Besteirinha que surgiu na mente, acho que retrocedi aos meus momentos de arrependimento. Os momentos de palavras ditas às escuras e sem que pensemos antes de dizê-las. As ações ingênuas e joviais e puramente absurdas. Vixe, são tantos... Infelizmente quando percebemos a burrada já é tarde o bastante para achá-lo idiota.hehe Tá aí!

Valeu Cambada!

Enquanto o sono não chegar

Enquanto todos dormem, eu escrevo. Não acho sincronia nas orações e adjetivos. Mas permaneço acordado, como o grilo que faz sua festa atrás da cómoda do meu quarto, assim como a muriçoca que insiste em permanecer zumbindo ao meu ouvido. O que se passa lá fora enquanto todos descansam? Crianças morrem? Policiais vigiam e sufocam pessoas? Ou não há gente acordada? Então estou só, compartinhando coisas com mim mesmo, falando comigo mesmo o quanto tenho que mudar ou o quanto tenho de deixar de cobrar demasiadamente de mim. Olho para o relógio digital que insiste em não piscar, ouso o barulho do motor da geladeira, mas não o sono chegar. Talvez eu me desespere agora ou não é chegada o momento? Eu posso esperar até às três, afinal não tenho pressa. Posso pensar e me entreter nas coisas que Freud me diz em seu livro ou posso, quem sabe, interpretar Saramago no Ensaio Sobre a Cegueira, ou simplesmente contar carneirinho.

1 carneirinho, 2 carneirinhos, 3 carneirinhos, 4 carneirinhos...

Velho, essa foi umas das piores opções. Afinal, quem foi o desocupado e que sofreu de insónia que inventou a contagem de carneirinho como forma de pegar no sono? hehe Uma dose de cachaça, por favor! Um copo de maracujina! O que resta agora, depois de tantas tentativas caprinas é só esperar.
Ôpa, um bocejo, outro... Vou dormir!

Valeu, buena noche!

Foi boa, óóóó!
Valeu Cambada!

Recomendo

"Do Futuro só sabemos que ele virá. Do presente temos um conheci­mento não raro confuso, se não totalmente distorcido, já que estamos dentro dele e que se trata de uma realidade em transformação, de êxitos incertos. A única certeza reside no passado, única fase realmente imutável da nossa existência. Podemos removê-lo, esquecê-lo, mas não apagá-lo; podemos fragmentá-lo, disfarçá-lo, jamais modificá-lo."

Estou começando a ler um livro muito bacana, o nome é As Grandes Profecias e começa com essa definição de passado e presente e futuro que eu achei muito massa. O livro é de Franco Cuomo e vale muito a pena ler, principalmente para interessados, os tendenciosos ou os loucos em saber sobre famosas profecias que cercam a humanidade desde os seus primódios. Velho, o livro é sobre Ocultismo, mas é instigador e muito legal nem terminei de lê-lo e já o recomendo. Eu fiz o download desse livro no site do PDL. Vou deixar o link aqui no blog. Sim, cambada, é tudo free de grátis... 0800!

http://www.portaldetonando.com.br
http://ebooksgratis.com.br

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Maravilhas

Cambada, apresento-lhes uma poetisa que escreveu muito. Ela é portuguesa e é magnífica, infelizmente partiu dessa para uma melhor, porém nos deixou poesias maravilhosas. Eu tenho uma especial que adotei para meus momentos de leituras poéticas. Olha só que fuleraje, eu não sei o nome da poesia, mas como eu a adotei, chamo-a de PALAVRAS. Não vou nem explica-la, aliás, nem vai ser preciso ela dirá tudo e muito mais.

Se liga!

Palavras

Seja alegria, seja mágoa, ciúme
Pena de amor, ou grito de revolta
Tudo a palavra humana em si resume
Tudo arrasta suspenso, à sua volta!

Palavras
Céu e inferno!
Cinza e lume!
Mistério que a nossa alma traz envolta!
Umas, consolação!
Outras, queixume...
- Todas correndo como o vento à solta!

Tudo as palavras dizem
A verdade, a mentira, a doçura, a crueldade...
Mas afinal, o que perturba e espanta
É o drama das que nunca foram ditas
Das palavras pequenas e infinitas
Que morreram sufocadas na garganta!

Virgínia Victorino

Massa, ? Rapaz, muito bom... Sem palavras literalmente. hehe
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Lembrança!

Olhei aquele homem pela última vez. Um homem e um caixão branco. O vidro transparente mostrava a face vivida de muitos anos oscilando em alegrias e tristezas. Confesso de minha fraqueza em não olha-lo a principio, preferia tê-lo na memória como aquele homem atento e de olhos abertos.

- Isac, você não vai vê-lo? Sim, claro!

No fundo, temia ir e perder todas as recordações de momentos felizes para aquela triste e forte lembrança. Não pude evitar. Disfarçava, desviava o olhar e o caminho da sala do santo. Castigava minha fraqueza momentânea com impulsos inconscientes: fraco, vai lá! É sua última recordação.
Eu via minha avó sentimentalmente abalada ao ponto de querer acompanhá-lo e seus netos e filhos conformados com o chamado. Chegada a hora de me despedir, eu o olhei, confesso que tinha face de alegria, de uma criança com mais de 80 anos a dormir contente. Adeus. E às quatro da tarde, de um dia comum e ensolarado, lacraram com cimento seu lugar de descanso eterno.

Foi só uma lembrança!

Futuro do pretérito (esperar)

Esperaria o tempo que fosse necessário
Poria flores toda manhã.
Como prece, choraria por sua volta
Escreveria mil poemas.
Depositaria moedas na fonte dos desejos.

Faria tudo isso...

Só não abuse da minha bestialidade!

hehe Vai de novo!

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Passeata do Romeiro

Rapaz, hoje foi o dia de passeata dos romeiros. Pense num festejo de recebimento. Todo o ano, já durante décadas, os ônibus, carros e paus-de-arara, reúnem-se para dar início oficialmente a romaria de Nossa Senhora das Dores. Os transportes dos romeiros descem a Castelo Branco e vão pela São Benedito e seguem em direção a Matriz de Nossa Senhora. Como forma de retribuir a calorosa recepção, eles jogam aos populares bom-bons, saquinhos de pipoca, salgados, dinheiro (ôpa, me empolguei! Ah, se fosse!). A festa é grande, durante mais de duas horas a carreata perdura e o aglomerado de pessoas nas calçadas também. Um sol desgraçado e os gurís a correrem atrás dos carros e como recompensa um bom-bom. hehe Lembro-me muito bem. Minha mãe enchia as garrafas de água e as colocava na geladeira, isso bem cedo. Quando estava próximo da passeata pedia para eu e minha irmã que pegássemos as garrafas e que distribuíssemos aos romeiros nos carros que apareciam com copo na mão. Às vezes um sorriso de agradecimento e às vezes um doce. Eu me importava mais com a folia. Era uma alegria só! Bons tempos aquele. As buzinas, os gritos das crianças e adultos: joga aqui, aqui!!! Daria para montar um banquinha de doces. Tem uns moleques que saem com sacos cheios a exibir aquele troféu anual. Tem que ter cuidado com os dedos do pé, se cair por infelicidade sua próximo aos seus pés, é pisada na certa. É uma briiiga dos infernos. No final fica tudo bem, desamassa a roupa e fica na expectativa do próximo arremesso a distância. Sim, é bom ter cuidado com a testa. Se não tiver um bom reflexo, sangue no olho é melhor nem ir para a calçada nessa tarde. Velho, a pesar dessa folia completa tem meninos que voam nos carros sem cuidado algum, é guri pra lá, guri pra cá, um empurrão aqui, um murro ali... E por aí vai. É um disputa e vejo a hora de um morrer debaixo de um carro daqueles. Avi Maria... Meu Padim Ciço, protege-os... O Senhor sabe que a vida deles vale mais que um bom-bom. Amém! hehe É sério! Depois de muito barulho e após umas duas horas com o encerramento da passeata, a rua fica deserta... Um silêncio! E infelizmente muita sujeira na rua e nas calçadas. Dá até pra procurar os doces perdidos que ninguém viu onde caiu. Isso é uma estratégia da infância. hehe Agora, assisto tudo a distância, não com medo de levar uma bombonsada, mas eram as coisas de criança, (Já pensou eu correndo, desesperado em busca de um doce? Meio louco isso!) passei o legado para meus sobrinhos que hoje faltaram aula para fazerem o que fiz a muito tempo.

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Espelho

Um momento, moço. Quem é você?
Me virei e a olhei. A olhei...

O silêncio perdurou e só os olhares se viam. Talvez naquele momento as palavras não se encaixassem ou fossem incomodas ou imperfeitas de mais. O triste vazio. Vazio triste. Aparentemente a mesma coisa. Ela me olhou com um triste vazio e se pronunciou com um vazio triste. Queria entender aqueles olhos, não eram de ressaca e nem de uma oblíqua ou dissimulada, era apenas um olhar que se anunciava misterioso. Eu devia entendê-lo ou devia ter virando a cara, disfarçado o olhar, sabe? Já não suportava aquele emudecimento aparente ensurdecedor que me entristecia e me calava. Vamos, diga alguma coisa. Pronuncie, balbucie, grite, fale... Nada! Por um minuto achei perca de tempo estar ali, parado, inerte... Perdendo tempo. Podia naquele momento ter assistido o noticiário ou a novela das 7. Lido algumas páginas do jornal, obituário, por exemplo. E ter refeito as mesmas coisas e movimentos do dia anterior. As mesmas coisas! Acordei daquele minuto ausente em pensamento e já não via a moça na minha frente, mas um refletivo espelho de prata e vidro. A moldura tinha estilo colonial, bem esculpido, parecia antigo e caro. Ora, mas o que o espelho significava? Onde estaria a menina? Eu apenas me via no espelho. Eu e eu! Eu e aqueles olhos vazios e tristes, tristes e vazios.

Esse foi profundo. hehe

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Música, minha vida!

Dediquei-me a escrever sobre minha música, sem pretensões de favorecê-la ou divulgá-la, apenas quero escrever. Pessoas possuem suas paixões e aspiração distintas, umas com semelhanças outras com distinções extremas. Futebol, arte, pintura, esportes, leituras... A minha é a música. Talvez eu esteja sendo egoísta em dizer que a música é minha, porém de fato é. A música é de quem quer que seja ou a queira. Temos a mania de confiscar, entre aspas, tudo o que temos afinidade ou sentimos atraídos por ela. É como o sentimento de proteção, ôpa, eu gosto disso ou daquilo tenho que tê-lo e protegê-lo. A música invadiu minha vida e minha casa, fazendo-se parte complementar de mim. Talvez tenha sido ao acaso ou destino, não me proponho a debater sobre isso, simplesmente nos apaixonamos. Foi amor no primeiro contato nos primeiros sons e olhares. Um menino malino e um mundo de sons e cores a descobrir que surgiam com aquela possibilidade sonora. Ficava a sonhar com Tom e Jerry, não somente com as animações de um gato e a eterna fome de devorar o rato, mas os sons harmônicos e ritmados das sinfonias e orquestras. Os tímpanos, os violinos e as flautas... A música que contava histórias com notas musicais e marcações rítmicas. Aquilo me fascinava, me entretia e calava. Um dia, os baldes da minha mãe pareceram tambores e as colheres de madeira as baquetas. Ela ficava perturbada com o barulho e às vezes perdia a paciência e uns cascudos levava. Nada que me desanimasse a continuar uma hora depois e principalmente na sua ausência. Minha mãe não me levava a sério(assim como ela ainda não leva, hehe) sempre achou um delírio infantil e efêmero toda essa a energia e inspiração pela música. Mãe, eu quero um "violãozim"! hehe Foi um dos pedidos não atendidos na infância. Comecei meus trabalhas com artes, depois imigrei ao teatro como atuante, mas meus caminhos não eram aqueles e a forma que encontrei de definitivamente entrar na música foi a sonoplastia das peças de teatro. Foi praticamente o começo de tudo. Devo isso principalmente a minha amiga e mãe artística Zizi. Assim foi como tudo começou e continua até hoje. Minha música minha vida. Vou construindo meus dias com sons e canções, às vezes tristes, alegres, emotivos... Mas sempre sempre, música!

A todos os meus amigos que participam ativamente dessa construção sonora. Calim, Maricélio, Beg, Juliana, Sida, Alex, Evânio, Alisson, Juarez, Maricélio, Chico, Daniel... Obrigado meus amigos!

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Um grilo não merece misericórdia!

Cri, cri, cri, cri...

Quem disse que o blog também não pode ser usado a utilidade pública? Principalmente para informar a população blogueira que não deve-se ter piedade de um grilo que esteja a paisana em sua casa. Ontem quando estava concentrado nas postagens do blog, percebi um maldito grilo passando para se esconder atrás da pia. Eu, inocentemente deixei-o livre: ah, deixa o bichim viver mais uns dias a propagar o seu cri, cri noturno. Velho, foi a pior coisa que já fiz! Eu senti piedade dele a princípio, mas agora sinto ódio desse barulhento e desafinado, se pudesse voltaria no tempo e o esmagaria ou arrancaria seu pescoço com uma faca de cortar pão. hehe Nesse momento ele está cricando, que coisa mais insuportável. Eu não mereço isso! O pior de tudo, é que não consigo pegá-lo, esse miserável entrou em alguma caverna trás da pia e que fica próximo ao meu local de descanso. Já cutuquei o espaço um trilhão de vezes, ele para por alguns segundos e volta novamente com aquela música de uma nota só. Estou pesquisando na Internet qual o tempo de vida desse desgraçado, pois pelo jeito, não vou conseguir assassiná-lo nunca, o que me resta é esperar que ele morra por morte morrida, asfixia ou ataque cardíaco fulminante. O que me deixa puto, cambada, é o simples fato de ele não variar seu respertório e da insistência de fazer seus shows depois das 22:oo h. Já pensou que fuleragem? E continua minha saga pega decapitação do grilo. Seu eu conseguir eu tiro uma foto da cabeça dele e posto no blog. hehe

Foi boa, ó!
Valeu Camabada!

O poeta!

Explode no peito uma vontade de saber onde esconde-se o amanhã, onde dorme a noite e descança as estrelas. Foi o questionamento desbravador que perturbou o sono e o sonho de Fred. Tantas coisas a pensar e justamente sobre isso indagou-se. Estaria errado não preocupar-se em não perder o programa das 17 h? Equivocado estaria em negar os conceitos e predeterminações do mundo? Todos roboticamente o criticavam: menino louco! Fred taciturno matutava em pensamentos, preferível louco a me estagnar em seus arranjos e teias cheia de ócio. E todos curiosamente perguntavam quem era Fred, quem era ele para ousar diferenciar-se dos esteriótipos sociais padrões e chipados.
Fred era poeta!
Ao meu irmão e poeta Wendell
Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Maria

Outrora já havia me questionado a respeito do breve sopro que é a vida, tendo que acomodar-me e entender o breve espaço entre nascer e morrer. Por que não nos concederam a longevidade matusalênica? E no próximo dilúvio afogaríamos todos os dias dos 969 anos de passados e futuros, assistidos pelas retinas, aí, contente eu beberia toda a água até os pulmões enchaarcarem,assim como minha carne de tantos sóis e chuvas. Será que são únicos meus questionamentos ao ponto de caracterizá-la como um delírio jovial ou repulsa ao mármore frio do cemitério? Tantos dias ainda viverei, amores e decepções, vitórias e reencontros ao acaso, encontros e despedidas. E ainda me remeto ao fato melancólico da morte! Decerto, quando a pensar, uma conclusão intuitiva ou até ingênua brota como luz no fim do túnel: talvez não tema a morte, assim como ela teme a vida, porém eu a tema pelo fato de morrer antes de amar Maria.

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Memória de uma criança godinha

Rapaz, aos que me conhecem fica difícil esconder que a criança era eu, eu devia ter colocado um falso nome, num era? Vamos lá! Sabe aquela criança que mais parecia um filhote de baleia branca perdida no oceano pacífico? Pois é cambada, esse alguém era eu perdido no mar de guri na escola. Lembro-me muito bem do primeiro dia de aula... eu chorei! E a besta daquela professora para conter minha lágrimas, bestialmente dizia: "Fofinho, se você continuar chorando eu vou colocá- lo no quarto da bruxa". Rapaz, aí era que eu caía no choro. Aqui tem uma casa da bruxa?! Que forma mais idiota e tosca de convencer-me de cessar meu choro. Esse foi o primeiro dia na escola e para minha consciência infantil queria que nunca houvesse o segundo. Aquela escola parecia um quartel general ou uma prisão para jovens detentos. Crianças gritavam, choravam, se beliscavam e até se mordiam... E eu chorava! Aquelas filas de cadeiras e o quadro negro, só me diziam uma coisa: eu quero minha mãe! Ficava ancioso a espera do toque de soltura, literalemente, aquele sino estridente da 11 horas da manhã, era a corneta dos anjos. Ah, que alívio, liberdade de novo! Toda manhã era a mesma peleja, inventava uma dor de cabeça, pontadas na barriga, diarréia, má digestão, furúnculo... Enfim, tudo quanto era doença para convencer minha mãe de não me mandar naquela escola. Não tinha jeito, eu acabava nos pratos, e chegava na escola com os olhos esbugalados de tanto choro. Na hora da despedida era aquele lamento todo: mãe pelo amor de deus, nosso senhor e nossa senhora, não me deixe aqui, eu vou morrêêêêr! Foi assim o ano inteiro, já me conheciam como o gordinho chorão. O filhinho da mamãe, ah, vão catar coquinho numa plantação de milho! O ano letivo acabara e eu convenci minha mãe que me transferisse para outra escola, talvez mudando eu pudesse mudar meu comportamento repulsivo escolar. Rapaz, minha mãe concordou e no ano seguinte estava vivendo a mesma rotina, porém desta vez parecia que minhas conclusões estavam certas e eu acabei me acostumando e ao invés de chorar para não ir a escola, chorava para estar lá. hehe

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Nada!

Estou nesse momento dialogando com a tela do meu notebook. Trocamos olhares e olhares que não dizem nada. Fria máquina que não me diz nada! Eu digito algumas coisas e nenhuma resposta. Acho que não é uma candidata ideal, sei lá, talvez fosse, não diz nada, não gesticulada nada. Em tempos, ela apita por uma recarga de bateria, nada complicado. Pego o carregador encaixo e... pronto! Está nova de novo para mais uma conversa fria que me diz...nada!
Que boba é isso, home? hehe


Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Se ligue!

Putíz, kra! Não me aparece nada na ideia para produzir. Será que estou assistindo TV de mais? Sei lá, segunda a Organização Mundial de Saúde as pessoas que assistem muito TV e principalmente a Globo e Record tem uma tendência maior de ficar burro ou alienado totalmente. Bicho, temos que ter cuidado com essas coisas. Já pensou se necessário for o preenchimento de um formulário e lá conter um campo perguntando seu país de origem e você nada por acaso responde Índia. E se por acaso perguntarem a você qual o presidente do seu país e você naquela dúvida cruel, Opache Ananda ou Lula? Ê, cambada! Menos TV e mais livros, menos Faustão e mais Patativa do Assaré. Uma música do O Rappa nos ensina uma coisa: Saia do ócio, não caia no óbvio. Não vamos cair no abismo do óbvio, ligar o piloto automático e simplesmente deixar a vida levá-lo sem nenhuma coordenação. Zeca Pagodinho mão me leve a mal, mas "deixa a vida me levar" não rola. Que nada, velho! Tira esse departamento traseiro do sofá de sua casa que já está marcado, afundado, soado de tanta rotina que mais parece imutável. Garanto que se reduzíssemos a balela vista todos os dias na TV e investíssemos mais em outros meios do entretenimento e culturais, seríamos pessoas capazes de negar, contrariar as coisas que escutamos e vemos diariamente. Me entristece saber que quando trata-se de cultura regional, principalmente a do cariri, várias pessoas principalmente os conterrâneos a tratam com certa repulsa. Não, mas quando tratamos da depravação cultural, aí sim, todos adoram, fazem fila e enlouquecem. É foda!

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

O cearense o paulista e o penico


Era uma vez...

Um cearense estava em São Paulo faziam uns cinco dias. A viagem havia sido muito cansativa, como não pôde trazer tudo o que precisava deixou no ceará um objeto muito usado por ele, penico! Quando se ajeitava no seu quartinho, uma vontade enorme de fazer um depósito ou passar um fax invadiu aquele cearense, mas percebeu que o seu instrumento aparador de fezes tinha ficado lá no Ceará. Velho, esse cara se agoniou! Então, resolveu ir a algum estabelecimento que tivesse o que precisava. Desceu rua, subiu rua e um frio danado e nada dele encontrar. Onde passava perguntava se tinha Penico para vender e todos respondiam que não, com ar de desconhecimento. O que, bicho? Ê, mermão tem não, doido! E continuou sua saga a procura de um penico. No caminho encontrou uma galeria chamada de Galeria do Pajé, lá na 25 de Março (não me perguntem o ano). Pensou ele: num é possível, meu Padim Ciço, que aqui num tenha esse negócio. Entrou e deu com cara num lojinha cheia de baldes, copos, bolsas e pensou: é aqui mesmo. Rapaz, num era que tinha mesmo. Lá no cantinho da loja estava o pinico cor de rosa pendurado. Ele estranhou a cor, mas ele achou que era moda dos paulistas.(Emo... róidas?) E como só tinha uma unidade tinha que comprar mesmo assim.

- Bom dia disse o Cearense. Bom dia, respondeu o vendedor percebendo o sotaque do cearense.
-Ô meu Deus, olha só que coisa boa. O Dr. tem "pinico" para vender aqui!
O vendedor estranhado o sotaque e a palavra que havia escutado, disse: O que?
-"Pinico", senhor!
-Não vendemos comida aqui não, a lanchonete fica mais na frente. Repondeu com ironia o vendedor.
-Oxi, vende sim! Que eu vendo. E apontou para o Penico cor de rosa lá no cantinho, cheio de poeira.
O vendedor com cara de besta e de gaiatice, respondeu:
-Patrão, nós paulista, chamamos aquele objeto de CEARENSE!
- Ahhh E é, Dr? Pois bem, o senhor pode me vender um Cearense daquele que possa caber uns 5 paulistas?
O vendedor paulista com cara de burra manca, só balançou a cabeça dizendo que sim! hehehe

Sabe quem era o vendedor na Galeria do Pajé? Exatamente! Era Maximiliano antes de ganhar o Big Bosta 9. Bichim! Aí com raiva dos nordestinos, especialmente dos cearenses, quando teve oportunidade falou em rede nacional para se vingar. Que comentário mais tosco, meu Padim Ciço. Eu sei que o Senhor é bondoso e vai perdoá-lo, eu sei. Ele pode até se redimir e virar romeiro. hehehe

Moral da história: vocês paulistas não subestimem nós Nordestinos. Esse Emo...róidas do Max, fez um comentário ridículo sobre os Nordestinos. Já havia comentado isso anteriormente no meu Orkut e resolvi escrever sobre isso de novo. Não que não tenha mais nada a escrever, mas é necessário pois essas coisas absurdas não devem simplesmente acontecerem e serem esquecidas sem nenhuma desaprovação, principalmente nós que somos Nordestinos. Garanto que tem centenas de pessoas espalhadas pelo Nordeste que adoram esse Bofe aí e também garanto que desconhecem do fato, pois a mídia abafa imediatamente. E é claro ainda existem as que conhecem e fingem que nada aconteceu. Se pudesse falar pessoalmente diria para ele Minizar a janela e clicar com o botão direito do mouse e procuraria a opção Me exclui ou fechar.
Seu fedorento! hehe

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Anti-Aids com Hitler

Ontem, quando acessei o site do Bol dei de cara com essa imagem e na descrição dizia: Aids e Hitler. A princípio não entendi nada, bolinha de nada. Bom, esse fulêro aí foi um dos maiores e cruéis assassinos que a humanidade teve que aturar. Com sua ideologia de merda, convenceu um monte de idiotas com bosta na cabeça a cometeram atrocidades e coisas inimagináveis contra os judeus que viviam na Alemanha. O termo para tal acontecimento é o Holocausto. Sim, mas essa imagem de Hitler com a cara de cansaço e a moça com o semblante de prazer orgásmico? É claro que eles estão... Vocês sabem. hehe Então, fui pesquisar para saber do que se tratava essa impactante gravura. Isso faz parte de uma campanha publicitaria na qual faz-se a divulgação sobre o perigo da Aids e tal. Sabe de onde surgiu a campanha? Na Alemanha e isso causou uma polêmica danada, pois lá não querem ver esse chifrudo aí nem pintado de ouro. Com razão, né?! Basicamente a imagem quer dizer o seguinte: Aids é uma assassina em massa, assim como o idiota do Hitler.

"Muita gente não tem consciência de que a Aids está matando muita gente todos os dias. Na Alemanha, é o rosto mais feio que você pode usar para mostrar o mal", declarou Weishäupl ao Telegraph.

Pois é, cambada! Ter cuidado com essas coisas, usar o saquinho sempre! hehe

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Eita independência cara!


Independência ou morte! E Pedim rezando ao Padim Ciço que eles não escolhessem a morte (sei, sei, Padim Ciço ainda não existia). Mas voltando aos fatos. Gente, que independêcia mais cara foi essa? Acredita que o Brasil teve que pagar uma grana preta a Portugal para que ele nos reconhecesse como um país independente? Não? Pois é, velho! É vero! Eu assisti essa aula! hehe Para acabar de lascar tudo, Pedim teve que recorrer a Inglaterra e tome uma das primeiras dívidas do Brasil. Rapaz, começou foi cedo. Não duvido que Lula ainda esteja refinanciando essa dívida com o FMI. hehe Além do mais, naquela época, como pagamento do favor a Inglaterra abriu tudo quanto foi porto de descarga de mercadoria européia sem nenhuma cobrança de impostos. Véi, que loucura! E tome produto Inglês no nosso país com os preços bem baixinhos, lascando dessa forma com o início da economia Brasileira e para não afundar o país, sabe o que fizeram? É isso mesmo! Tome mais empréstimos. Isso é só detalhe! Vamos colocar na balança os benefícios que a Indepedência trouxe para a época. Viiiixe, nenhuma. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou. Quer dizer, quem era pobre continuou pobre, quem era rico ficou mais rico e quem era escravo tiveram que esperar pela bondade da Lei Áurea e Princesinha Izabé!

Foi boa, ó!
Valeu Camaba!

Dias (Circunstâncias da vida)

Já tentei ser poeta, prosador de amores efêmeros

Já musiquei sentimentos que pareciam infinitos

Controlei verdades que mereciam ser ditas

Pronuncie as que jamais deveriam.

Emudeci em orações noturnas

Aos santos perdi e pedi favores:

Perdi pessoas no jogo cruel da vida

Pedidos de voltas inocentes e impossíveis.

Quantos dias chorei, quantos dias sorri...

Quantas noites pernoitei em pensamentos

Perguntando-me por que as pessoas partem.

E comumente não voltam?

E se vida fosse escrita a lápis...

Eu poderia apagá-la e refazê-la mil vezes

Com infinitas possibilidades de dias melhores.

Se meu relógio de pulso voltasse os ponteiros

E o tempo voltasse, e as pessoas voltassem

As mães revivessem e os irmãos unidos ficassem.

As palavras que morrem sufocadas, emudecidas...

Fossem ditas e aquele velho profeta visionário

Estivesse equivocada a respeito do fim da vida.

Isac José

Site legal

Rapaz! Fuçando na internet descobri um site muito legal, quer dizer, descobri não acessei. Sem problema! O site fala de Arte e Cultura de modo geral e ainda expõe explicações e conceitos sobre arte, cultura e entretenimento fazendo uma análise separadamente e é claro diferenciando-as. Tem uns textos legais, principalmente para os curiosos e amantes da arte, vale a pena acessar. Sem falar que o site faz um apanhado dos endereços na net das principais bibliotecas e museus do mundo e ainda desponibiliza os endereços para livros eletrônicos para download gratuitamente. Olha, não é propaganda enganosa não, viu? Já ia esquecendo, para quem gosta de história também é um ótimo site de pesquisa.

http://www.misteriosantigos.com/cultural.htm


Para provar que não estou mentindo, com o texto da Dra Maria Helena, aprendi uma coisa sobre o conceito de Arte que não havia pensado dessa perspectiva: A arte é o modo pelo qual atribuimos significados ao mundo e as coisas. Muito bom, gente!

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Pensei...

Pensei na morte essa noite. Não me assustei ou me apavorei em habitar minha mente com tais pensamentos. Porém, o que me deixa a questionar e me entristecer é somente a brevidade da vida.

Escrevo cada coisa em?

Infância, amor e amigos

Hoje lembrei dos meus amigos das antigas, a galera com a qual já compartilhei momentos e sensações únicas. Lembro-me das juras que fazíamos: bicho, não vamos deixar de nos ver nunca, sem viadagem. hehehe De fato sempre que podemos nos encontramos e jogamos conversa fora e relembramos aqueles fatos Hilários, pitorescos e é claro os momentos de fria. E é claro, a gente tesoura pra cacete! Ê, velho. São tantos amigos que já deixei ou melhor que o tempo e o movimento da vida levou. São muitos os que já não mais os vejo e os que já não nos falamos com tanta frequência quanto as bobeiras que falávamos no intervalo da escola. É é claro, quando a gente flertava com as meninas e as promessas de amor eterno que distribuíamos e não durava nem uma semana.
Em especial gosto de lembrar de meu antigo amigo do fundamental. O kra tinha uns Kg em demasia, falando a verdade ele era um pouco mais gordinho do que eu. E aí nos chamávamos de os gordinhos. Velho, eu não gostava muito, mas não tinha jeito. Sabe como é gozação, ? Quanto mais nos importamos a perturbação é ainda maior.Uma coisa marcou aquele ano, um amor. Ela não era muito bonita (já dá pra imaginar, ?). Tinha cabelos loiros e compridos e era magrela e para rimar parecia uma vela. hehehe Eu gostava da infeliz, tanto que juntei uns dias o dinheiro do Chilito do Seu Bil e comprei uma anel fulero e coloquei numa caixinha e perfumei. Não me lembro do cheiro, mas, acho que era podre. hehehe Nunca soube de sua reação, pois não tive coragem de presenteá-la pessoalmente. Fiz a aquela cartinha com uma poesia barata e ingénua. Tá ligado qual é, ? O meu amor por você é bonito como uma flor. Quando eu lembro disso, só dá vontade de rir, kra. Depois desse acontecimento não sei como ficou. O ano acabou e eu nunca tive coragem de dizer a ela o que realmente sentia. hehehe

Eita loucura!

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

O Desafio Sebrae virou loteria

Putiz, kra! Conversando com meus amigos e também integrantes do Desafio a respeito da análise das últimas decisões enviadas e chegamo a conclusão que o responsável pela verificação das decisões é o microondas do Sebrae. Isso mesmo, velho. O microondas do Sebrae. Tá ligado quando quado precisamos de algum serviço telefônico e fazemos aquela ligação entediante e quem atende é a geladeira com inteligência artificial? Pois é, Cambada. O Desafio Sebrae está mais para sorte lotérica do que realemente a eficiência dos grupos. Isso é paia de mais, ó! Sei do nosso mérito e capacidade, decerto merecemos uma análise das decisões a altura e não feita por um microondas ou uma geladeira que não possuem o mínimo de conhecimento empreendedor. hehehe

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

O Salto do meu sobrinho

Putiz, kra! Tá tazendo um calor de derreter os miolos. Como que pode, velho? Às vezes não entendo, quando o calor está de rachar, reclamo. Quando fui a São Paulo, um frio de rachar também. Não via a hora de voltar ao meu Cariri e sentir o calor, mas isso foi quando ainda estávamos no mês de Junho e não em Setembro. Talvez eu começasse a falar sobre o aquecimento global e dessa forma tentar convencê-los de que aquele saco plástico que você joga ou aquele carro caindo aos pedaços que você insiste em andar reflecte diretamente na temperatura do mundo. Não seria um má ideia, ó. Felizmente Obaminha se elegeu a presidente: a salvação do mundo. kkk Sem gozação! Mas num vou falar sobre isso hoje não, aliás eu nuca falo nada que preste mesmo. Kra, feliz ó! Meu sobrinho deixou de escutar o CD da Xuxa e me pediu para gravar um CD do O Rappa e do Men at Work. UAU! Isso é de mais, velho! Eu sei que ele num vai compreender nada, mas pelo menos já começa na infância o contato com a boa música. Quando ele estiver um pouco maior, vou dar um livro de Karl Marx para ele começar, assim ele desenvolve o senso crítico e até pode tentar ser um revolucionário de causas pequenas. Tipo assim: deixar de chamar a professora de Tia, por que afinal ela não é da família e possa até convencer seus colegas disso. kk Calma gente, não vou transformá-lo em um ditador ou líder de facção criminosa! Padim Ciço o distancie disso!! Bate na madeira... Toc, toc, toc! Só quero que ele não se transforme em um cidadão padrão e alienado que se vê por aí. Que assistem tv e aceitam tudo que é lançado sem nenhuma objeção. Que ele se transforme em um forrozeiro de carteirinha com péssimo gosto musical. Se ele começar a escutar dou uns cascudo nele, ó! Talvez se todos os pais se preocupassem um pouco com o que seus filhos escutam e assistem, eles pudessem tornam-se pessoas capazes de evolucionar, indigna-se e irem à luta literalmente e quem sabe um país melhor para se viver.

Foi boa, ó!
Veleu Cambada!

Muriçocas

Eita!
Quem inventou o troço da MURIÇOCA? Calango assado na brasa, velho! Tento me concentrar para escrever algo legal no blog, mas essas incovenientes e intrusas não me deixam em paz. Apesar de toda chatisse ter que conviver com essas malditas, vei na cabeça uma coisa. Tem muita muriçoca espalhada pelos despartamentos públicos brasileiros. Sugam todo o sangue e saem sem serem esmagadas. Políticos corruptos de merda! Sei lá, se pudesse compraria aquele troço que parece uma raquete de Tênis, que tocado em um objeto ou inseto, imediatamente a criatura vira churrasco, aliás torresmo. Ah! Bastava um raquetada elétrica nesses idiotas e mentirosos. O povo não sentiria falta de nenhum, afinal, são para nós apenas MURIÇOCAS que só querem um sangue "verde" fácil.

Foi boa, ó!
Valeu cambada!

Linha do tempo

Nascer..................................CONCEDER................................ALIENAR-SE...............

.........................CALAR......................................ASSISTIR TV..........................................

...ACEITAR.....................................................................................................................

....................BAIXAR A CABEÇA....................................................................Morrer

Vamo mudar essa porra! Podemos mudar essa porra!
Vamo mudar essa porra! Mas sem você não há mudança!

Né não? Abre os zói, Brasil!

Passado e saudade

Saberei quando a saudade invadir meu peito

Quando apenas teu simples nome mencionar

E meus olhos molharem, talvez em pratos

Ou talvez me entristeça com o recordar do beijo de outrora.

Aí, quando as recordações se esgotarem

E deixarem de me embriagar,

Eu ligue só para sua voz de leve escutar

E que caricie meus ouvidos

E que amanse meu coração.

Isac José


Putiz, kra! Já pensei em parar de escrever essas coisas, mas também já pensei em parar de tocar com a banda. Não tem jeito e não paro. Não me importo com o julgamento das pessoas a respeito do que escrevo ou a música que toco. Se escrevo porcarias, besteiras ou se simplesmente não tenha assunto ou eloquência para falar das coisas que a maioria das pessoas se importam. Horóspoco é fulero, kra! Digo, eu não tenho cabeça para isso. Talvez eu esteja sendo o contrário que escrevo... Pareço ser romântico, engomado. Sim, em certos momentos até me considero. OPA! Qual a relação desse blá-blá-blá todo com o texto que escrevi? Num sei! Não tem! Não me importo com isso.

Hoje me deu uma vontade grande de ligar, só pra escutar a voz, sei lá... Tentar pincelar aqueles momentos.
Andei passeando no tempo, cutuquei literalemente aquele passado que queria esquecer ou que realemente tivesse ficado para trás. Ê, caramba. Não ficou depositado naquele baú que as pessoas tanto mencionam. Baú da memória? Eu tenho que construir um desses, talvez com com uma tranca enorme e cadeado de segrego em chinês. Não que eu tenha medo de lembrar o que já passou, pelo contrário, às vezes temos que voltar um pouco e pensar nos atos anteriores para não cometer os mesmos erros. E por que o cadeado em segredo chinês? Tem coisas que a gente tem que esquecer mesmo, enterrar no cemitério da memória se possivel. Neste caso eu até concordo com Belchior que disse: O passado é uma roupa que não nos serve mais.

Valeu Cambada!

Luís Fernando Veríssimo

Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que NADA!

Luís Fernando Veríssimo


Eita Fernadim piradado! Gosto muito dos textos desse kra. Dá para perceber, né? Simplicidade na escrita, clareza e todo mundo entende. Sinceramente, às vezes estou lendo uns textos que recomendam ou não e não entendo calango de nada. Como que diz? O kra escrever 100 kg e não da para entender nem 1kg. Putíz! Uma coisa é certa: ou sou burro ao ponto de não compreender nada ou o autor escreve só para ele entender ou sua mãe, afinal mãe nos entende em tudo, ou ele não estava sabendo escrever o que queria. Bom, só quem sabe realmente é o autor. Acontece, sabe? Eu escrevo umas coisas "na doida mesmo" e nom final acabo me perguntado (Oxi, que isso homi?). Não é o caso de Fernandim. Só vou descordar de uma coisa com ele: ei, velho! Cinema sem pipoca é paia, ó! Dá até para dispensar o refrigerante pensando na saúde, mas a pipoca faz parte do ritual. Em contra partida, sonhar é a coisa mais, mais, mais, mais maravilhosa do mundo, mas quando a realizamos, vixe é mais bom, mais melhor e todos os erros de português que maximizem a importância e a felicidade em realizar os sonhos. Né não?!

Foi boa, ó!
Valeu Cambada!

Desabafo em silêncio

A vida com suas curvas fechadas
O tempo com seus sinais verdes e vermelhos
Hora seguimos outrora ficamos
Assim, as lamentações se escondem.
Acumulam-se com tic-tac do relógio.
Limitam-se na garganta fechada.

Os pensamentos explodem, relampejam,
Mas a voz emudeceu... Aprisiona-se.
Os olhos falam em lágrimas
A face em orações perdidas
As mãos em amiúde inquietações
Os lábios em abalos de pranto.

Mesmo que as palavras não sejam pronunciadas
Trocaremos olhares de desabafos
Olhares que nos decodificam
Abraços que confortam em silêncio.

Isac José

Oswaldo Montenegro

Metada de mim

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro

Esse texto é incrivelmente belo. Vale o tempo de ler e ler novamente centenas de vezes. Assim como escutar as composições desse cara que também são magníficas. Salve a música de qualidade braileira.

Valeu Cambada!

A menina e lua

A rua quase deserta e a lua solitária. Só, ela cantava só, ela vivia só, ela amava... Só, ela brincava. Onde se escondiam todas as estrelas? Talvez estivessem a descansar ou até tivessem morrido. Não importava a solidão acompanhava incondicionalmente os seus momentos. Se ria ou se chorava, se dormia ou pulava. A solidão os seus passos conhecia, se parava ou andava, se corria ou descansava. Enquanto no céu a solitária lua vivia, na terra a solitária menina brincava. Onde estavam seus amigos, seus brinquedos e suas bonecas? O batente da calçada seu refúgio, sua morada. Os carros desciam, pessoas e seus fardos passavam. E a menina era apenas... Um batente? Não se importava como o que as pessoas pensavam, apenas continuava a falar e brincar sozinha. Com os olhos fitados no céu e retinas de curiosidade, acho que pesava a menina: temos uma à outra, isso importa. Não estava só, assim como a lua. Ambas se conheciam e se amavam e se completavam, incondicionalmente.